Em 1916, a 23 de Fevereiro, em plena primeira Guerra Mundial, o Governo mandou apresar todos os navios alemães que estivessem no Tejo. E é aqui que começa a primeira parte da história do Gil Eannes.
Chamava-se Lahneck e pertencia à companhia alemã "Deutsche Dampfschiffarts GeselIschaft Hansa". Dias depois, era rebaptizado. Foi-lhe posto o nome de Gil Eanes. Serviu inicialmente para transporte de tropas para a Guerra e foi depois fretado para os Transportes Marítimos, tendo servido na carreira dos Açores.
Decidiram mais tarde adaptá-lo a navio de assistência à pesca nos bancos da Terra Nova. Na Holanda recebeu as modificações necessárias, e a 16 de Maio de 1927 partia, enfim, para a Terra Nova. Mas depois chegou o Estado Novo e as prioridades mudaram, pelo que o Gil Eannes foi empregue no transporte de presos. Só em 1937 (dez anos depois) voltava a partir para a Terra Nova.
Finda a Segunda Guerra Mundial, decidiu-se transformar o Gil Eannes num navio hospital, com o que de melhor existia na altura. E, o que era uma inovação na época, dispunha de câmaras frigoríficas para fornecimento de alimentos frescos. Nos bancos da Terra Nova, o Gil Eannes, além das funções de navio hospital que lhe mereceu a alcunha de "Misericórdia do Mar", distribuía correio, procedia a abastecimentos em víveres, combustível, apetrechos de pesca e isco. Foi rebocador, salva-vidas e quebra gelo: Com o seu casco de aço, quebrava o gelo e abria o sulco de retomo ao barco sinistrado.
Actualmente podemos visita-lo em Viana do Castelo.
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Informação técnica
Fotografia N.º: 4431 Publicação:2022-05-01 Grupo:Geral Câmara:NIKON D90 Abertura: f 9 Distância focal: 200 mm Velocidade do obturador: 1/400 sec Flash: Não Disparado
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