Esta inconstancia de mim próprio em vibração É que me ha de transpôr às zonas intermédias, E seguirei entre cristais de inquietação, A retinir, a ondular... Soltas as rédeas, Meus sonhos, leões de fogo e pasmo domados a tirar A tôrre d'ouro que era o carro da minh'Alma, Transviarão pelo deserto, muribundos de Luar - E eu só me lembrarei num baloiçar de palma... Nos oásis, depois, hão de se abismar gumes, A atmosfera ha de ser outra, noutros planos: As rãs hão de coaxar-me em roucos tons humanos Vomitando a minha carne que comeram entre estrumes...
* * *
Há sempre um grande Arco ao fundo dos meus olhos... A cada passo a minha alma é outra cruz, E o meu coração gira: é uma roda de côres... Não sei aonde vou, nem vejo o que persigo... Já não é o meu rastro o rastro d'oiro que ainda sigo... Resvalo em pontes de gelatina e de bolôres... Hoje, a luz para mim é sempre meia-luz...
Fotografia N.º: 4753 Publicação:2023-06-07 Grupo:Grafismos Câmara:Nikon D90 Abertura: f 10 Distância focal: 95 mm (35mm equiv.: 143 mm) Velocidade do obturador: 1/400 sec Flash: Não Disparado
Mais fotografias
A poem that intrigued me until "Vomiting my flesh" appeared. :-) Nice symmetry in this composition with wood grain that contrasts nicely with the verdant grasses.