para morrer contigo.
E agora
esfumou-se o tempo
e perdi o teu passo
para além da curva do rio.
Rasguei as cartas.
Em vão: o papel restou intacto.
Só os meus dedos murcharam, decepados.
Queimei as fotos.
Em vão: as imagens restaram incólumes
e só os meus olhos se desfizeram, redondas cinzas.
Com que roupa
vestirei minha alma
agora que já não há domingos?
Quero morrer, não consigo.
Depois de te viver
não há poente
nem o enfim de um fim.
Todas as mortes gastei
para viver contigo.
Poema «Já Não Há Domingos» de Mia Couto, in "Idades Cidades Divindades".
Fotografia panorâmica composta por 12 fotografias. Quem quiser vê-la num tamanho ligeiramente maior, faça o favor de clicar aqui: Curva do rio +. Informação técnica
Fotografia N.º: 3646
Publicação: 2019-09-14
Grupo: Paisagens
Câmara: NIKON D90
Abertura: f 8
Distância focal: 18 mm (35mm equiv.: 27 mm)
Velocidade do obturador: 1/640 sec
Flash: Não Disparado Mais fotografias
A junção dessas doze fotografias, deu-nos esta panorâmica magnífica em que temos a sensação de um rio que sobe e desce num semi-circulo perfeito.
A casinha, tipo Monte alentejano, bem ao centro, completa o meu encantamento...
Está aqui uma obra de Arte fotográfica, é o que lhe digo, Remus.
Parabéns!
:)
Um belíssimo trabalho.
Beautiful panorama view and photo, very well done so.
Gorgeous panoramic view captured here!! That blue sky is so refreshing.
Mia Couto moçambicano estrelado, bem merece um poema ilustrado com curvas de um rio.
_nunca vou ter uma foto dessas.
Panorâmica é só para o bons!
Uma belíssima panorâmica, com um contrste de cores fabuloso!
Excelente foto Remus!
Muito obrigado pela vossa presença e comentários.
Janita: A casinha até pode ser "tipo Monte alentejano", mas esta paisagem não tem nada de Alentejo. É bem nortenha, de um rio de "oiro". ;-)
Willem and Willem: Thanks.
que panorâmica top! adoro isto