A vista dera em preço se vos vira,
Que ainda que perder-vos a sentira,
A perda de não ver-vos não se entende.
A graça dessa luz não na compreende
Quem qual ao sol a vós seus olhos vira,
Que o cego Amor que cego deles tira,
Com vossos próprios raios a defende.
Não pode a vista humana conhecer
Qual seja a vossa cor, que a luz forçosa
Não consente mostrar tanta beleza.
Se eu, que em vendo-a ceguei, pude ainda ver,
Uma cor vi, porém cor tão fermosa
Que me não pareceu da natureza.
Soneto «Fermosos Olhos» de Francisco Rodrigues Lobo, in «A Primavera». Informação técnica
Fotografia N.º: 4903
Publicação: 2023-12-06
Grupo: Experiências
Câmara: NIKON D90
Abertura: f 6.3
Distância focal: 50 mm (35mm equiv.: 75 mm)
Velocidade do obturador: 1.3 sec
Flash: Não Disparado Mais fotografias
A splendid poem that accompanies this glorious composition! The color and "crepuscular" rays are beautiful.
Antes de terminar de o ler, ainda pensei que o bonito Soneto fose de Camões. Não é, mas é de um seu contemporâneo, cujo nome eu desconhecia.
Bem escolhido, pois nele estão contidos todos os ingrediantes embriagadores do amor e outros raios, como o desse jarrão...
Mui belo, tutti.
Wow, a spectacular photo result, fantastic photography.
Uma luz fabulosa!
Uma peça que fica bem em qualquer casa :P
Lembro-me deste vaso. Uma luz esplêndida.
quase ofusca a vista!
Uma peça tipo Japão _ muito bonita!
Sendo desde logo um lindo jarrão, com a graça dessa luz ainda se tornou mais lindo.
Muito obrigado pelas vossas visitas e comentários. Ambos são sempre muito importantes.
Steven and Willem: I am beyond grateful.