No parque, numa tarde ensolarada, Marta e João caminhavam lado a lado. Marta, como sempre, com as mãos nos bolsos e o João, sempre fiel ao seu hábito de roer as unhas. Ambos usavam óculos escuros, o que lhes dava um ar misterioso.

"Sabes, Marta," começou João, com uma voz meio abafada pela mão na boca, "acho que os nossos óculos escuros fazem-nos parecer agentes secretos."
Marta riu, ajustando os óculos com um leve movimento da cabeça. "Sim, mas somos os agentes secretos mais desajeitados do mundo. Tu não paras de roer as unhas e eu não tiro as mãos dos bolsos."

Enquanto caminhavam, passaram por um grupo de crianças que os olhavam com curiosidade. Uma delas comentou em voz alta: "Olha, mãe! Aqueles dois parecem espiões!"

Marta e João riram e a tentar parecer séria, a Marta disse: "João, temos que parecer mais naturais. Agentes secretos não podem chamar tanta atenção."
João respondeu, ainda com a mão na boca: "Tens toda a razão!"

E assim, com os óculos escuros e os hábitos peculiares, a Marta e o João continuaram a sua caminhada, divertindo-se com a ideia de serem os espiões mais atabalhoados e bem-humorados do parque.

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